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Preciso de um setor de exportação na minha empresa?

Uma das dúvidas recorrentes de empreendedores que pretendem entrar no mercado internacional diz respeito ao setor de exportação. É preciso criar um departamento específico para a atividade em sua empresa? A verdade é que dedicar uma divisão exclusiva para as vendas ao exterior pode ser um diferencial para a companhia. Para começar, os clientes brasileiros e estrangeiros têm demandas distintas. É importante atender aos dois grupos de acordo com suas necessidades e particularidades.

Empresas que não investem em um setor de exportação têm menos chance de deslanchar na atividade. Isso porque, nesses casos, as vendas ao exterior tendem a não ocorrer de forma regular. Quando os negócios internacionais são feitos apenas esporadicamente, a tendência é que em pouco tempo sejam deixados de lado. Ter uma estratégia bem definida em relação ao mercado internacional é fundamental para alcançar o sucesso.

A ausência de um setor de exportação exclusivo também pode prejudicar a reputação da empresa, que corre o risco de ser vista como amadora. Depois que a imagem está arranhada, é difícil reverter a situação. Isso pode acarretar em perdas de oportunidades no exterior e prejuízo financeiro.

Outra decisão importante é escolher o responsável pelo setor de exportação da empresa. Em empresas pequenas e médias, o departamento é geralmente enxuto, formado por uma ou duas pessoas. As atividades desempenhadas passam pela coordenação, além das funções operacionais e comerciais. Invista em especialistas na área, não deixe o departamento nas mãos de alguém sem experiência. Os profissionais devem ter uma visão global de todas as etapas da exportação.

O setor de exportação deve trabalhar com metas definidas claramente, focando em resultados em médio prazo. Empresas iniciantes no campo do mercado internacional habitualmente trabalham com um prazo mínimo de seis meses. Tendo objetivos e um departamento bem estruturado voltado para o mercado internacional, as chances de sucesso aumentam consideravelmente.

Crédito de imagem: geralt/CC

Alfredo Kleper Lavor: Alfredo Kleper Lavor, economista, ex-chefe de importação da Eletrosul S/A, ex-professor de economia da UFSC, ex-professor de comércio exterior do SEBRAE/SC, ex-diretor administrativo e financeiro do CIASC S/A Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina, ex-diretor de Governo Eletrônico do Estado de Santa Catarina, co-fundador da startup INTRADEBOOK para negócios internacionais com usuários em mais de 140 países, mentor dos Programas 100 Open Startups, Salto Aceleradora/Impact Hub e SINOVA UFSC Startup Mentoring e graduado pelo Founder Institute, com foco em comércio internacional e inovação.

View Comments (3)

    • Caro Ronaldo,
      A utilização de uma trading company é válida, mas ela limita a experiência da pequena empresa. Eu defendo que a pequena empresa faça sua própria experiência, logicamente embasada em um conhecimento seguro e com profissional da área de comércio exterior.
      Abraços